A organização dos seres vivos
Conhecendo a célula
Animais e plantas são seres pluricelulares, quer dizer, são
formados por muitas células, Nosso corpo, por exemplo, é formado por um número
muito grande de células: cerca de 65 trilhões. Mas existem também seres
formados por uma única célula: são os chamados seres unicelulares. Esses seres só podem ser vistos com o auxílio
do microscópio, um instrumento que você vai conhecer mais adiante.
Apesar de
ser muito pequena, a célula pode ser estudada com algumas técnicas e
instrumentos, como o microscópio de luz ou óptico, que possui várias lentes de
aumento e amplia a imagem da célula.
A célula é viva
A teoria celular é a idéia de que
todos os seres vivos são formados por células e que toda célula vem sempre de outra
célula.
A parte da
Biologia que estuda a célula é denominada Citologia. Essa ciência é fundamental
para a compreensão do funcionamento dos organismos, além de ter aplicações
importantes: o tratamento de muitas doenças depende do conhecimento acumulado
sobre a célula.
Por dentro da célula
A célula é formada por diversas
partes, que funcionam em conjunto e a mantém viva. As três principais partes da
célula são: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo.
A função da membrana plasmática é controlar o que entra na célula e o que sai
dela. Facilita a entrada de substâncias úteis à célula, como a glicose, um
açúcar. Essa membrana é tão fina que não pode ser vista com o microscópio
óptico. A membrana das células vegetais é envolvida pela parede celular, que é
dura e ajuda a sustentar a célula.
O citoplasma é um material gelatinoso formado por água, sais minerais
e outras substâncias. Nele encontram-se as organelas,
que realizam diversas funções dentro da célula. Na célula da planta há também o
vacúolo, uma cavidade cheia de
líquido, e os cloroplastos,
organelas de cor verde que realizam a fotossíntese.
No núcleo existem minúsculos fios, os cromossomos. Cada cromossomo é
formado por uma “fileira” de genes. Os genes controlam as atividades das
células e influenciam nas várias características dos seres vivos, como a altura
e a cor dos olhos.
Os genes são
formados por uma substância química de nome complicado, o ácido
desoxirribonucléico ou, abreviadamente, DNA.
Pode-se
dizer que os genes contêm informações, ou instruções, para comandar as
atividades celulares. Eles estão localizados no núcleo da célula, que funciona
como uma espécie de centro de comando.
Os tecidos
O tecido é formado por um conjunto
de células agrupadas que desempenham determinada função.
Existe,
portanto, uma divisão de trabalho entre as células, e isso torna o desempenho
de suas funções mais eficiente. Por causa dessa divisão de trabalho, as células
dependem muito umas das outras.
Órgãos e sistemas
Os tecidos podem agrupar-se e formar
um órgão.
Um grupo de órgãos que trabalham em
conjunto e de forma harmoniosa constitui um sistema. Exemplo: O coração, as artérias e as veias compõem o
sistema circulatório (ou cardiovascular), que impulsiona o sangue e o conduz
pelo corpo.
Todos os sistemas,
reunidos e trabalhando de modo coordenado, formam o organismo.
Matéria e energia
Crescimento e
desenvolvimento
Todos os seres vivos têm origem em
outro ser vivo. Desde o seu aparecimento, eles se desenvolvem, crescem, se
reproduzem e morrem. Essa série de mudanças constitui o ciclo vital ou ciclo da vida.
O crescimento dos seres pluricelulares ocorre
principalmente por causa do aumento do número de células. Todos nós já fomos
uma única célula, a célula-ovo. Essa célula se dividiu e originou duas novas
células. E cada uma delas cresceu e se dividiu em mais duas, originando 4,
depois 8, 16, 32, 64...
Essa série de divisões continuou até
que o organismo estivesse formado.
À medida que o corpo vai se
formando, as células se especializam e se tornam diferentes umas das outras.
Surgem então os tecidos, os órgãos e os sistemas. Até chegar ao momento em que
o organismo se torna sexualmente maduro, ou seja, quando é capaz de se
reproduzir.
Para crescer e se desenvolver, o
organismo retira substâncias do ambiente e as transforma. Essas transformações
produzem uma série de outras substâncias usadas na construção do corpo.
Ao comparar uma célula-ovo com o
organismo já adulto, é fácil perceber que o adulto é maior e mais pesado.
Durante o desenvolvimento do organismo, o número de células das plantas e dos
animais aumenta, por isso eles ganham peso e altura.
E como é possível aumentar o número
de células e “construir” um ser adulto? Basicamente, com o aumento da
quantidade de substâncias que alimentam as células. E essas substâncias – essa
matéria – são obtidas dos alimentos.
A renovação do corpo
A nutrição é importante não apenas
para o crescimento, mas também para a renovação do organismo. Muitas
substâncias e células se perdem e precisam ser repostas. O material para essa
reposição também vem do alimento.
Energia para o ser vivo: a respiração celular
Para fazer qualquer coisa, o ser
humano precisa de energia. O crescimento e a renovação do corpo também
necessitam de energia. Até durante o sono o corpo usa energia para se aquecer,
bombear o sangue para os órgãos e produzir novas células. É o alimento que
fornece a energia necessária. Nos seres vivos, essa energia é liberada no
interior das células.
Quando alguém se refere à respiração,
geralmente pensa na ventilação pulmonar, ou seja, no processo em que o pulmão
se enche de ar e esvazia. Porém, o processo pelo qual os seres vivos conseguem
obter a energia dos alimentos é chamado de respiração
celular. E, para realizá-la, a maioria dos organismos utiliza o oxigênio do
ambiente.
Mas é preciso entender melhor o que
é a respiração celular. Em alguns alimentos, existe um açúcar conhecido como glicose. No interior das células, essa
substância se combina com o gás oxigênio retirado do ambiente, transformando-se
em gás carbônico e água. Esse processo libera energia, que passa a ser
utilizada nas atividades do ser vivo.
Como as plantas se alimentam
Os vegetais absorvem água e gás
carbônico do ambiente e transformam essas substâncias em glicose. Para isso,
utilizam a energia da luz do Sol. Esse processo de produção de glicose chama-se
fotossíntese.
Veja a seguir as etapas da
fotossíntese:
I – A planta absorve o
gás carbônico do ar e a água da terra.
II – O gás carbônico e
a água são levados para as células das folhas, que contêm uma substância
conhecida como clorofila, um pigmento
de cor verde. A clorofila é capaz de absorver a energia da luz do Sol.
III – A energia
absorvida pela clorofila é usada para transformar o gás carbônico e a água em
glicose.
IV – Além da glicose,
a fotossíntese produz oxigênio, que é eliminando no ambiente.
Com a glicose formada pela
fotossíntese e pelos sais minerais que a planta retira do solo, ela produz
outros açúcares e substâncias, como as gorduras e as proteínas, que formam o
corpo. Os açúcares, as gorduras e as proteínas são chamados de substâncias orgânicas. Essas
substâncias são encontradas principalmente no corpo dos seres vivos (daí o nome
orgânico, de organismo). Já a água, o gás carbônico, o oxigênio e os sais
minerais são substâncias minerais,
ou inorgânicas, que se encontram em
grande quantidade principalmente fora dos organismos.
Seres autotróficos e seres heterotróficos
Autotrófico: seres capazes de produzir alimentos orgânicos a partir de
minerais, como os seres que fazem fotossíntese.
Heterotrófico: seres que se alimentam de outros seres vivos.
Cadeia alimentar
A cadeia alimentar é
uma sequência de organismos interligados por relações de alimentação. É a
maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de um
ecossistema, incluindo os produtores, os consumidores (herbívoros e seus
predadores, os carnívoros) e os decompositores.
A reprodução assexuada
Parte do
corpo de um ser dá origem a outros seres com as mesmas características.
Reprodução assexuada é, portanto, aquela que ocorre sem a união de células
reprodutoras (gametas).
A reprodução sexuada
Dois indivíduos de sexos diferentes
produzem células especiais (gametas) diferentes que se unem produzindo ovos.
Quando os dois gametas se unem, dão
origem a uma única célula. A união dos gametas é chamada de fecundação, e a
célula formada por essa união é a célula-ovo ou zigoto.
O zigoto sofre uma série de
divisões, que produz mais células e origina em novo ser vivo.
A capacidade dos seres vivos de
gerar seres semelhantes é chamada de hereditariedade e pode ser explicada pelos
genes.
Os genes contêm informações que
influenciam e determinam muitas características do indivíduo, como a cor dos
olhos ou dos cabelos ou a forma do nariz.
As características de um organismo
não dependem apenas dos genes. Elas são o resultado de uma ação conjunta entre
os genes e o ambiente. O ambiente também influencia bastante na personalidade:
os pais, os parentes, os amigos e tudo o que ocorre durante a vida de uma
pessoa são fatores muito importantes para a sua formação.
Quando a reprodução é sexuada, o
espermatozóide carrega cromossomos com genes vindos das células do pai e o
óvulo carrega cromossomos com genes vindos das células da mãe.
Nesse caso, os filhotes gerados são
semelhantes aos pais, mas não exatamente iguais a eles, porque são o resultado
de uma combinação dos genes paternos com os genes maternos.
Dizemos, então, que a reprodução
sexuada origina indivíduos geneticamente diferentes e, portanto, maior
variedade de indivíduos.
Os seres vivos evoluem
Muitos organismos que desapareceram
deixaram restos ou marcas nas rochas: os fósseis. Um fóssil pode se formar
quando um animal, uma planta ou outro ser vivo qualquer morre e é soterrado por
sedimentos antes de se decompor. O processo de decomposição das partes duras é
mais lento. Por isso, os fósseis encontrados, em sua maioria, são partes duras
de animais.
Algumas vezes, as partes duras
desaparecem, mas o organismo deixa uma espécie de molde no terreno.
Estudando os fósseis, os cientistas
descobriram que ao longo do tempo alguns organismos desapareceram e deram lugar
a outros. Esse conjunto de transformações é chamado de evolução.
Mutações e a evolução
Mudanças que ocorrem nas estruturas
responsáveis pelas características e funções dos seres vivos; podem ser
transmitidas aos descendentes. As sucessivas mutações ao longo dos tempos e a
seleção do ambiente causam a evolução dos seres vivos.
Seleção natural
A teoria proposta por Charles Darwin
e Alfred Russel Wallace, considera o processo de seleção natural como sendo o
mecanismo básico da evolução.
Após estudos realizados, Darwin
demonstrou inicialmente que as espécies são variáveis. Supôs, além disso, que
em razão de uma luta pela sobrevivência, as variações nocivas eram eliminadas,
enquanto as favoráveis seriam conservadas e reforçadas, graças a uma seleção
natural, que determina a sobrevivência do mais apto. Assim, os seres vivos
transformam-se no sentido de uma adaptação sempre melhor às suas condições de
existência.
Alguns tipos de adaptação dos seres vivos
A seleção natural age o tempo todo
sobre os seres vivos. Dentro das populações, os indivíduos apresentam variações
que podem conferir vantagens ou desvantagens em um determinado ambiente. Com
isso, no decorrer do tempo, sobrevivem somente os indivíduos mais adaptados.
Na luta pela sobrevivência, a defesa
contra os predadores é muito importante. Nesse sentido, existem duas formas de
adaptação extremamente interessantes: a camuflagem e o mimetismo.
Camuflagem: Animais que apresentam camuflagem têm características
corporais que os tornam parecidos com o ambiente em que vivem, na cor ou no
aspecto. Dessa forma, eles conseguem se esconder de possíveis predadores e
presas.
Mimetismo: é um tipo de adaptação em que um organismo apresenta
características que o deixam parecido com um indivíduo de uma espécie diferente
da sua. Essa imitação pode ser da cor, da forma do corpo e até do
comportamento. O mimetismo ajuda os organismos a despistarem seus predadores.
A origem da vida
Teorias sobre a origem da vida
Acredita-se que a Terra tenha cerca
de 4,5bilhões de anos e que a vida tenha surgido há cerca de 3,5 bilhões de
anos.
Antes da origem da vida, tanto a
superfície como a atmosfera da Terra eram muito diferentes do que são hoje. A
temperatura na superfície era muito elevada, apesar de a luz do Sol quase não
atravessar a atmosfera primitiva.
Além disso, naquela época, a Terra
sofria um bombardeio constante de cometas, asteróides e raios provenientes das
tempestades.
Com o passar do tempo, a Terra se
esfriou, e foi nesse cenário que devem ter surgido os primeiros seres vivos.
Atualmente, sabemos que todos os
seres vivos são formados por substâncias orgânicas, isto é, apresentam
obrigatoriamente na sua composição o elemento químico carbono (C). Algumas das
substâncias orgânicas que podemos encontrar nos seres vivos são: carboidratos,
proteínas, lipídios e ácidos nucléicos (componentes do material genético).
Toda essa história da Terra é
dividida em grandes intervalos de tempo, as eras, que são subdivididas em
intervalos menores, os períodos.
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É importante saber que vários
aspectos da teoria de Oparin e Haldane sobre a origem da vida foram criticados.
Novas teorias foram formuladas, e os cientistas continuam a pesquisar e a
buscar provas a favor de cada uma delas ou contra. O importante é que, com as
pesquisas, nosso conhecimento sobre a origem e a evolução da vida aumenta cada
vez mais.
A idéia de geração espontânea
A idéia de que a vida pode surgir da
matéria sem vida é conhecida como teoria
da geração espontânea ou abiogênese.
Essa teoria mostra que a observação
pode nos levar a conclusões erradas. Por isso, ao tentar explicar como alguma
coisa ocorre, não é suficiente que o cientista apenas observe com cuidado a
natureza. Ele deve também testar sua explicação provisória ou, como se diz em
ciência, sua hipótese.
Acredita-se que, de alguma forma, os
componentes da atmosfera primitiva tenham se combinado, dando origem às
substâncias orgânicas. Estas, posteriormente, sofreram transformações e
formaram um primeiro ser vivo muito simples, mas que já conseguia produzir
cópias de si mesmo, isto é, se reproduzir.
Panspermia – matéria-prima para a vida vinda do espaço
A idéia de que a vida na Terra pode
ter vindo do espaço (panspermia) é bem antiga e tem sido explorada em vários
filmes de ficção científica. Apesar de nunca ter havido nenhuma evidência da
existência de vida semelhante à nossa fora da Terra, a teoria de que as
primeiras substâncias orgânicas vieram do espaço vem sendo cada vez mais aceita
na comunidade científica.
Classificação dos seres vivos
Que critérios se deve usar para organizar os seres vivos?
A seção da Biologia que cuida da
classificação dos seres vivos chama-se taxonomia.
Tradicionalmente, o ser humano
classifica os seres vivos de acordo com seus interesses práticos. Por exemplo:
se eles são comestíveis ou não comestíveis; se trazem benefícios ou prejuízos à
humanidade; se são domésticos ou selvagens; etc.
A taxonomia agrupa os seres vivos
por semelhanças no corpo e também no funcionamento e no desenvolvimento do
organismo, no modo de reprodução e até por semelhanças entre seus genes.
As semelhanças, e também as
diferenças, utilizadas na classificação biológica dos seres vivos ajudam a
entender como os diversos grupos evoluíram. Essa classificação, portanto,
procura mostrar as relações de parentesco entre os seres vivos.
O trabalho de Lineu
Em meados do século XVIII, o
botânico e médico sueco Carl Von Linné ou Lineu (1707-1778), que é a versão em
português de Linnaeus, o nome em
latim adotado por esse cienntista, criou um sistema científico de classificação
dos animais usando a espécie como unidade básica. Mas Lineu, assim como muitos
cientistas de sua época, acreditava que o número de espécies no mundo era fixo,
ou seja, que elas não evoluíram.
Lineu também reuniu as espécies
semelhantes em um mesmo grupo, o gênero. Por exemplo, o gato doméstico e o gato
selvagem europeu são espécies diferentes que pertencem ao mesmo gênero.
Além disso, Lineu criou um sistema
de nomenclatura para os seres vivos usando o latim para dar nome às espécies e
aos outros grupos. O uso de um único nome facilita a comunicação entre os
cientistas e evita confusões. Se não existisse essa nomenclatura, a mesma
espécie receberia vários nomes, em línguas diferentes.
A nomenclatura criada por Lineu é
chamada de binominal, porque cada
espécie recebe dois nomes, sempre escritos em latim ou adaptados para essa
língua. Assim, a espécie humana foi chamada de Homo sapiens; a bananeira, de Musa
paradisíaca; a espécie mais comum
de barata é a Periplaneta americana;
a de gatos domésticos é a Felis catus;
etc.
A primeira palavra do nome
científico da espécie corresponde ao nome do gênero. Assim, se o gato doméstico
é chamado de Felis catus, o gato
selvegem europeu é Felis silvestris.
Ambos pertencem ao gênero Felis, um
grupo maior que reúne, além dessas duas espécies, o gato do deserto (Felis margarita) e o gato da Índia (Felis chaus), entre outras. Já a
onça-pintada (Phantera onca), e o
tigre (Phantera tigris) e o leão (Phantera Leo) fazem parte do gênero Phantera.
Além disso, tanto o gênero como a
espécie costumam ser destacados do texto usando-se um tipo de letra diferente,
chamado de itálico, ou, quando
escritos à mão, sublinhando-se os nomes desta forma: Homo sapiens, Felis
catus, etc.
Os arquivos da vida
Inicialmente, os seres vivos foram
reunidos em grandes grupos chamados de reinos.
Um reino pode ser dividido em grupos
menores, chamados de filos.
O reino dos animais está dividido em
vários filos.
·
No
filo dos artrópodes, por exemplo, estão os animais que apresentam esqueleto
externo rígido e pernas com articulações, ou seja, pernas dobráveis. Esse filo
reúne, entre outros, baratas, aranhas, camarões, siris e lacraias.
·
No
filo dos cordados (Chordata, em latim) encontram-se os animais que possuem
coluna vertebral. Nele estão incluídos o ser humano, os cães, os tubarões,
os o leão, a onça, o tigre, o gato,
etc.sapos e muitos outros animais. O nome cordado vem do fato de os embriões
desses animais possuírem um bastão de células na posição da coluna vertebral,
chamado de corda dorsal. Na maioria dos cordados, a corda dorsal é substituída
no adualto pela coluna vertebral.
Cada filo pode ser subdividido em
grupos menores, chamados de classes.
Exemplos: o filo dos cordados inclui, entre outras:
·
A
classe dos anfíbios, animais como os sapos e as rãs, que passam a primeira fase
da vida na água;
·
A
classe das aves, que reúne os animais com penas, como as corujas, os papagaios,
os patos e as harpias;
·
A
classe dos mamíferos (Mammalia, em latim), formada por animais com pelos e
glândulas mamárias, como a onça-pintada, o urso-pardo, o lobo-guará, entre
outros.
Cada classe é dividida em ordens. Na classe dos mamíferos estão,
por exemplo, a ordem dos carnívoros (onças, gatos, lobos, cães, leões, etc.) e
a ordem dos primatas (macacos, ser humano).
Cada ordem é dividida em famílias. Ela inclui, entre outras:
·
A
família dos canídeos, que tem como representantes o lobo, a raposa, o cão, o
coiote, etc.;
·
A
família dos felídeos, que tem como representante o leão, a onça, o tigre, o
gato, etc.
Uma família é composta de gêneros. Na família dos felídeos, estão
o gato doméstico e o gato selvagem europeu, que pertencem ao gênero Felis, enquanto o leão e a onça-pintada
fazem parte do gênero Phantera.
Cada gênero pode reunir várias
espécies:
·
No
gênero Phantera encontra-se a
onça-pintada (Phantera onça), o leão
(Phantera leo) e o tigre (Phantera tigris);
·
O
gênero Felis inclui as espécies Felis catus (gato doméstico) e Felis silvestris (gato selvagem
europeu), entre outras.
Os reinos dos seres vivos
·
Reino Monera: bactérias e cianobactérias. As
cianobactérias apresentam clorofila e tem a capacidade de realizar
fotossíntese.
·
Reino Protista: protozoários e todos os seres
unicelulares que possuem núcleo.
·
Reino Fungi: fungos e cogumelos.
·
Reino Animalia: compreende os animais.
·
Reino Plantae: plantas. Seres autotróficos que
realizam fotossíntese.
Os Vírus
Características gerais
Vírus são partículas químicas
submicroscópicas constituídas essencialmente de um material genético (DNA ou
RNA) e um envoltório de proteína. Medem milionésimos de milímetros. Não foram
incluídos na classificação dos seres vivos por serem seres acelulares.
Os vírus conseguem produzir sozinhos
as substâncias necessárias para sua reprodução. Eles se reproduzem usando a
matéria-prima presente na célula que o hospeda. Essa característica faz com que
sejam chamados de parasitas intracelulares
obrigatórios. Fora das células hospedeiras, os vírus não apresentam nenhuma
atividade e não se reproduzem. Sofrem mutações, isto é, alterações de seu
material genético que mudam suas características.
Os vírus parasitas de células
animais, de células vegetais e até de bactérias (bacteriófagos).
Vírus, doenças e vacinas
Os vírus sempre foram estudados em
função das doenças que provocam: as viroses.
Poucos medicamentos são eficazes no
tratamento de doenças virais que afetam seres humanos. O efeito dessas drogas é
tentar, de alguma forma, interromper o ciclo de reprodução dos vírus. No entanto,
a maneira mais eficaz de combate às saneamento básico, dos cuidados com a saúde
pública e da prevenção do ambiente.
Outra forma de prevenção de várias
doenças, inclusive as virais, é a aplicação de vacinas. Desde o momento do
nascimento, há no organismo humano um sistema de defesa chamado sistema
imunitário, que atua contra microrganismos invasores, como os vírus e as
bactérias; porém, esse sistema não consegue nos proteger da ação de todos esses
microrganismos.
As vacinas podem ser administradas oralmente
ou por injeções. Elas são capazes de preparar o organismo contra o agente
causador da doença, ajudando-nos a desenvolver as defesas necessárias para isso.
Para entendermos melhor como
funcionam as vacinas, é importante conhecermos dois conceitos: antígenos e
anticorpos.
Antígenos:
quaisquer substâncias estranhas a um organismo, como microrganismos,
medicamentos, alimentos e toxinas, que provocam a formação de uma resposta do
organismo, com a produção de anticorpos.
Anticorpos: substâncias produzidas pelo sistema
imunitário com a função de combater os antígenos presentes no organismo. Um
anticorpo é específico para um determinado antígeno, isto é, ele só consegue
combater um único antígeno.
A maioria das vacinas virais é
produzida a partir de vírus mortos ou enfraquecidos (antígeno). Quando esses
antígenos são introduzidos em um indivíduo (ao ser vacinado), não são capazes
de desenvolver a doença em questão, justamente por estarem mortos ou
enfraquecidos. Entretanto eles estimulam o organismo a produzir os anticorpos
para combatê-la. Com a aplicação da vacina, o corpo “aprende” a produzir os
anticorpos específicos para o antígeno em questão. Dessa forma, em uma possível
infecção, ele já estará preparado para se defender.
É importante saber que as vacinas têm
finalidade preventiva, isto é, protegem de doenças imunizando o organismo.
Dependendo do tipo de vacina, sua ação pode perdurar toda a vida ou somente
certo período de tempo, como é o caso da vacina contra a febre amarela, que
garante imunidade por cerca de 10 anos.
Vírus benéficos
Os vírus nem sempre são
prejudiciais. Também há situações em que eles podem trazer benefícios.
Um exemplo são as tulipas, flores
muito valiosas no comércio. Algumas variedades exibem linhas brilhantes e
coloridas em suas pétalas. O que muitos nem imaginam é que a causa dessas
linhas são os vírus: ao invadirem as células dessas flores, alteram seu
material genético, fazendo com que apresentem essa coloração chamativa.
Outra maneira de utilização dos
vírus de forma positiva é na cura de doenças. Como os vírus são eficientes em
transferir material genético de uma célula para outra, eles podem ser
utilizados para passar material genético de uma célula sadia para uma célula
doente. Esse processo é chamado terapia gênica e ainda está sendo desenvolvido.
Há indício de que, no futuro, alguns tipos de câncer e muitas doenças genéticas
poderão ser tratados com a terapia gênica usando vírus.
Previna-se contra estas viroses
Os vírus são parasitas de células
animais, de células vegetais e até bactérias. Produzem no homem doenças
chamadas viroses, como:
·
Febre
amarela (transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti)
·
Dengue
(transmitida pelo mosquito Aedes aegypti)
·
Hidrofobia
(por mordedura de cães, gatos, etc.)
·
Poliomielite
·
Herpes
·
Caxumba
·
Sarampo
·
Rubéola
·
Gripe
·
AIDS
(síndrome da imunodeficiência adquirida).
INSETOS
O que são?
Os insetos são animais invertebrados
e fazem parte da classe insecta. Sugiram há milhões de anos. Cientistas afirmam
que os primeiros surgiram há cerca de 500 milhões de anos. Atualmente, existem
milhares de espécies e, entre elas, podemos destacar: borboletas, moscas,
traças, abelhas, vespas, besouros, formigas e muitas outras.
Informações
sobre os insetos
Independente de sua classificação, o
corpo de todos eles divide-se em três partes: cabeça, tórax e abdome. Os
insetos possuem também seis pernas anexas ao tórax e, nesta região, pode haver
também duas asas ou, em alguns casos, quatro delas.
Grande parte dos insetos possui dois
olhos, formado por vários outros menores, ou olhos simples, ou seja, tem a
formação de vários olhos em um só. A respiração ocorre através de pequenos
orifícios (buraquinhos) em sua pele. A grande parte dos insetos apresentam
antenas que lhes proporcionam um olfato muito apurado, o que lhes permite
capturar de forma mais precisa às suas presas.
Desenvolvimento
No tocante ao seu desenvolvimento, a
maioria dos insetos passa por vários estágios até chegar a fase do
amadurecimento. As borboletas, por exemplo, passam por quatro fases: ovos,
larvas, crisálidas e, por último, tornam-se adultas da forma como as conhecemos,
com suas lindas asas coloridas e grandes.
Existem também, os insetos que vivem
em comunidade, as formigas e as abelhas fazem parte desta categoria. Estas duas
espécies são extremamente organizadas e dividas hierarquicamente (por funções).
Nas colméias de abelhas, por exemplo, há a abelha rainha (responsável pela
reprodução) e as operárias (que trabalham todo o tempo).
Outros tipos bem conhecidos são os
insetos-folhas, que fazem parte da família das baratas e são encontrados
facilmente nas áreas tropicais de nosso planeta. Este tipo de inseto costuma
ficar imóvel durante o dia (usando a capacidade de mimetismo), saindo somente
no período da noite para procurar alimentos. Entre eles, somente os machos é
que possuem a capacidade de voar.
Da mesma família, fazem parte os
insetos-gravetos, que se parecem com pequenos galhos de árvore e como
camuflagem, possuem em seus corpos áreas esverdeadas que lembram musgos. Este
atributo os torna capaz de se misturarem com a paisagem (árvores, plantas e
folhas) da região em que habitam, e, desta maneira, eles podem enganar suas
presas e predadores.
Pragas urbanas
Muitos destes insetos tem se tornado
uma praga para a população dos grandes centros urbanos. É o caso dos conhecidos
cupins e das formigas que avançam dentro das casas deixando um rastro de
destruição. Com as construções de cimento e concreto, cada vez mais comuns,
estes insetos tiveram suas fontes de alimentação esgotadas, e a única maneira
de sobreviverem foi a disputa de espaços com os seres humanos.
Curiosidade:
- Existe uma ciência
que estuda os insetos e o nome dela é entomologia.
Artrópodes
Muitas vezes, não percebemos a
presença daqueles animais com corpos de formas estranhas e cores variadas, que
vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou aqueles que se locomovem
próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada por animais
artrópodes.
Esse
grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra,
camarão, escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão
bem adaptado aos diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70%
das espécies animais conhecidas.
Características gerais dos
artrópodes
A principal característica que
diferencia os astrópodes dos demais invertebrados são as patas articuladas.
Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas
articuladas vem do grego: artro, que significa
"articulação", e podos, "patas".
As
patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos
diferentes, muitos deles bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção
muito eficiente, as patas articuladas apresentam outras vantagens para o
animal, pois auxiliam na sua defesa e na captura de alimento. No dia-a-dia, é
fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que essas patas permitem.
O exoesqueleto
reveste e protege o corpo desses animais de muitos perigos externos e também
evita que eles percam água. É uma importante adaptação ao ambiente terrestre.
Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o
tamanho do animal, pois não acompanha o crescimento do corpo. Quando esse
exoesqueleto fica pequeno, ocorre a muda. Nesse fenômeno, o exoesqueleto antigo
se desprende do corpo do animal e é trocado pelo novo, que já está formado.
Até se tornarem adultos, os
artrópodes podem fazer essa troca várias vezes. Por isso, podemos encontrar
exoesqueletos de artrópodes soltos em árvores.
Os diversos grupos de artrópodes
Os
artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão
do corpo e onúmero de apêndices apresentados (por exemplo:
número de patas, antenas etc.).
Entre as classes de artrópodes,
podemos citar: crustáceos, aracnídeos,
quilópodes, diplópodes e insetos.
A seguir, vamos conhecer melhor cada
uma delas.
Crustáceos
A maioria dos
crustáceos é marinha, ou seja, vive nos mares e oceanos. Algumas espécies,
porém, têm seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o
tatuzinho-de-jardim. Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos:
Camarão, lagosta, siri, caranguejo e craca. O tamanho desses animais varia
bastante de uma espécie para outra.
O corpo dos crustáceos,
é dividido em cefalotórax, parte do corpo formada por cabeça e
tórax fundidos, e abdome.
Esses animais possuem
um número variável de patas (geralmente cinco pares) e dois
pares de antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos
apresenta carbonato de cálcio, uma substância que forma a carapaça dura
dos siris e caranguejos.
Aracnídeos
A
classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e carrapatos. Algumas espécies
peçonhentas de aranhas e escorpiões podem causar a morte, principalmente de
crianças pequenas. O número de acidentes envolvendo o veneno desses animais é
grande no Brasil.
O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais têm quatro
pares de patas e não possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos (palpos), que são apêndices
sensoriais, e também um par de quelíceras, apêndices em forma de pinça.
A maioria dos
aracnídeos é carnívora. Alguns desses animais são parasitas do sangue de
vertebrados, como os carrapatos. A sarna ou escabiose é causada por um
aracnídeo, um ácaro.
A aranha apresenta no abdome as suas glândulas
fiandeiras, que produzem os fios utilizados para construir
ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem.
Quilópodes
Quilópode é uma palavra de origem
grega que significa "aquela que tem mil patas" (quilo significa "mil", epodos "patas"). Esse grupo é
representado pela lacraia e pela centopéia.
O corpo dos quilópodes é formado por
uma cabeça e muitos segmentos. Em
cada um desses segmentos, existe um par de pernas. Esses animais têm um par de
antenas longas na cabeça.
Esses seres terrestres vivem na
sombra, em regiões quentes e em locais bastante úmidos. São ovíparos,
carnívoros e predadores. Eles possuem veneno, que é inoculo no inimigo ou na
presa.
Diplópodes
Um representante desse grupo é
o piolho-de-cobra, conhecido também como embuá ou gongolo. O corpo
dos diplópodes possui uma cabeça com uma par de antenas curtas
e tem também vários segmentos.
Em cada segmento
do seu corpo, há dois pares de pernas, daí o nome diplópodes - que vem do grego
e significa "patas duplas" (disignifica "duplo",
e podos, "patas").
Os diplópodes
gostam de lugares escuros e terra úmida. Vivem embaixo de pedras e folhas
mortas ou dentro de troncos de árvores apodrecidos. Assim como os quilópodes,
eles procuram sombra e umidade.
Quando atacados, enrolam-se e liberam uma
secreção que afugenta os inimigos. Os diplópodes são ovíparos, isto é, pões
ovos.
Digestão
Vários artrópodes são carnívoros,
mas há também os herbívoros, que se alimentam de diferentes partes das plantas.
O sistema digestório dos artrópodes
é completo, e os resíduos alimentares, isto é, as fezes, são eliminados pelos
ânus.
Circulação
A circulação dos artrópodes é
aberta, isto é, o "sangue" não circula apenas dentro dos vasos, mas
banha espaços do corpo do animal. Esse "sangue" é incolor ou
ligeiramente azulado e não transporta gases, apenas os nutrientes.
Respiração
Nas diversas classes de artrópodes,
o tipo de respiração varia.
Muitos artrópodes são terrestres,
como os insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando oxigênio do
ambiente por estruturas denominadas traquéias.
A traquéia está ligada a fibras
musculares que se contraem e estimulam o ar a entrar pelos espiráculos da
traquéia.
Os artrópodes aquáticos,
como os crustáceos, podem ter respiração branquial. As brânquias são
estruturas que retiram oxigênio dissolvido na água para a respiração animal.
Estão presentes em grande parte dos invertebrados aquáticos e nos peixes. Os
microcrustáceos (crustáceos muito pequenos) fazem respiração cutânea, isto é,
respiram pela pele.
Reprodução
Na maioria dos artrópodes, o sexo são separados e a
fecundação é interna, isto é, o macho lança os gametas masculinos dentro do
corpo da fêmea.
O desenvolvimento
pode ser direto: os filhotes já nascem semelhantes aos pais, como é o caso
de muitos aracnídeos, e portanto esses animais não passam por metamorfose.
No desenvolvimento
indireto, como ocorre com grande parte dos insetos, o animal que sai do ovo
passa por uma metamorfose antes de atingir a vida adulta.
A metamorfose pode
ser completa ou incompleta. Na metamorfose completa, o animal passa pelas fases
de larva, pupa e adulto - isso ocorre, por exemplo, nas borboletas e moscas. Na
metamorfose incompleta, não há a fase de larva ou a de pupa - é o que ocorre,
por exemplo, com as baratas e os gafanhotos.
amei parabens
ResponderExcluiramei parabens
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